03/07/2012

Infectologista aponta cuidados para evitar viroses mais comuns no inverno

Para evitar a contaminação deve-se manter os ambientes arejados e lavar as mãos


Vírus

Alana Gandra
Agência Brasil

Rio de Janeiro – O inverno traz temperaturas mais amenas, mas também o risco de agravamento de viroses, comuns nesta época do ano, diz o infectologista Edimilson Migowski, diretor do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

De acordo com Migowski, neste período, as pessoas estão sujeitas a vários tipos de vírus, principalmente os respiratórios, como os da gripe e do resfriado. “Esses vírus podem passar de uma pessoa para outra, por contato respiratório. Quanto mais próxima de um paciente, maior a chance de a pessoa adoecer”.

Para evitar a contaminação, Migowski recomenda manter os ambientes bem arejados, deixando o ar circular pelas janelas, e não descuidar da lavagem das mãos. “Muitas dessas viroses ocorrem pelo aperto de mão, pelo fato de se colocar a mão em local que foi contaminado por alguma pessoa que espirrou ou assoou o nariz. E a pessoa pode levar a mão até a boca, o nariz ou os olhos e introduzir o vírus”.

O médico explicou que a deficiência de vitamina C no organismo "imunodeprime" a pessoa, facilitando as infecções virais. Não há certeza, porém, de que o excesso de vitamina C tenha algum efeito preventivo, diz Migowski. “Uma boa higiene das mãos e a vacinação contra a gripe são as medidas mais eficientes contra as infecções respiratórias." Evitar contato muito próximo com pessoas enfermas e manter os ambientes bem arejados também ajuda, ressalta o infectologista.

Ele chama a atenção para o risco que uma virose representa para uma criança pequena ou um bebê. “Aquilo que em um adulto pode ser um resfriado simples, em uma criança, ou bebê abaixo de dois anos, pode se manifestar com maior gravidade, em quadros até de pneumonia pelo vírus, podendo causa inclusive a morte.” Por isso, recomenda que pessoas resfriadas ou gripadas não saiam por aí beijando crianças. “Elas devem manter uma distância segura, porque o quadro clínico delas pode ser de uma gravidade e, na criança, ser muito diferente.

Embora não existam estatísticas sobre a incidência de casos de virose nessa época, o infectologista informa que o hospital que dirige, e o setor de emergência, em especial, estão superlotados de crianças com quadro respiratório, incluindo problemas como gripe, asma e pneumonia.

Os principais sintomas das viroses são febre, vômito, diarreia e mal-estar. Outros sintomas podem aparecer também, dependendo do quadro da pessoa infectada, alerta o médico.

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