22/02/2019

Cuidado com a alimentação é regra básica no Carnaval

Precauções com produtos vendidos em bares e barracas de praia podem evitar doenças



Alimentação no Carnaval. Foto: Reprodução
Alimentação no Carnaval. Foto: Reprodução

Por: Ascom/Anvisa

O Carnaval está chegando e, com ele, muita festa e animação. Mas é necessário tomar alguns cuidados para garantir que a sua folia não termine antes da hora. Um dos mais importantes é evitar doenças causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados.

De acordo com o Ministério da Saúde, existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos (DTAs) no mundo, sendo que a maioria delas são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e outros parasitas.

Embora os cuidados devam ser rotineiros, no Carnaval a atenção tem que ser redobrada devido ao aumento do número de refeições fora de casa e ao consumo de produtos em bares, barracas de praia, food trucks e aqueles vendidos por ambulantes. Também entra na lista o cuidado com a higiene pessoal.

Recomendações do Ministério da Saúde


Devido aos impactos das DTAs na saúde dos consumidores e nos serviços de assistência à saúde, a prevenção é fundamental, baseando-se no consumo de água e alimentos que atendam aos padrões de qualidade da legislação vigente, cuidados com a higiene pessoal e com produtos alimentícios, além de condições adequadas de saneamento.

Para quem estiver nos festejos de rua, as recomendações básicas incluem lavar as mãos antes de comer, depois de ir ao banheiro e após o manuseio de objetos sujos, entre outras situações que possam causar infecções e contaminações.

Os ingredientes devem ser higienizados e as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação também devem ser limpos e desinfetados.

Alimentos cozidos precisam estar na temperatura adequada antes do consumo (refrigerados ou aquecidos). Produtos já prontos devem ser protegidos de novas contaminações e mantidos sob rigoroso controle de tempo e temperatura: os alimentos quentes devem ser mantidos a 60°C ou mais e os frios em temperatura inferior a 5ºC. Itens perecíveis só podem permanecer em temperatura ambiente pelo tempo mínimo necessário para sua preparação.

Estabelecimentos limpos


Os estabelecimentos que comercializam comida e bebida (restaurantes, bufês, bares e lanchonetes) devem ser limpos e organizados, demonstrando cuidado com a qualidade. Manipuladores de alimentos devem estar em bom estado de saúde e usar proteção no cabelo, como redes ou toucas. Se for um self-service, deve haver uma barreira de proteção no balcão de distribuição, o que evita a contaminação pelos próprios clientes, enquanto se servem.

Repare se os alimentos crus e cozidos estão armazenados em recipientes tampados e separados, medida que previne a contaminação cruzada. Isso porque produtos como carnes, peixes e verduras podem conter micróbios perigosos e transferi-los para outros alimentos durante o preparo.

Ambulantes


Na rua, preste atenção aos quesitos de limpeza, acondicionamento, aspecto e embalagem do alimento, bem como à apresentação pessoal dos ambulantes. A recomendação, portanto, é atentar ao prazo de validade, ao acondicionamento e às condições físicas dos alimentos (aparência, consistência, odor).

Também é recomendável evitar alimentos malcozidos ou mal-assados (carnes e derivados) e preparações culinárias que contêm ovos crus (gemada, ovo frito mole, maionese caseira). Seja qual for o local da compra, os alimentos devem estar fora do alcance de insetos, roedores e outros animais.

Caso verifique alguma irregularidade, comunique à Vigilância Sanitária mais próxima. Confira nos links abaixo os contatos das Vigilâncias nos estados e nas capitais.

Vigilâncias Sanitárias estaduais
Vigilâncias Sanitárias nas capitais

Causas, diagnóstico e tratamento


De acordo com informações do Ministério da Saúde, no Brasil são notificados em média, por ano, 700 surtos de doenças transmitidas por alimentos, com 13 mil doentes e dez óbitos. A maioria das doenças é causada por bactérias (principalmente por Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus). Mas também há surtos provocados por vírus (rotavírus e norovírus) e, em menor proporção, por substâncias químicas.

Os sintomas mais comuns dessas doenças são: náuseas, vômitos, dores abdominais, diarreia, falta de apetite e febre. O diagnóstico é feito conforme cada caso, segundo os sintomas dos pacientes e por exames laboratoriais específicos. Geralmente, o tratamento é baseado em medidas de suporte para evitar a desidratação e o óbito.

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