18/08/2016

Prova de triatlo movimenta e enche as ruas de Copacabana

Público prestigiou prova masculina de triatlo na manhã desta quinta-feira, dia 18


Competição de triatlo masculino movimenta Copacabana. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Nielmar de Oliveira
Agência Brasil

A prova masculina de triatlo, realizada na manhã de hoje (18), movimentou Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Mesmo com a decretação de feriado, o trânsito foi interrompido e deu um "nó"por causa do fechamento dos principais acessos ao bairro. Foram registrados longos engarrafamentos. Apesar disso, o público compareceu ao evento esportivo. O bairro se transformou em um grande boulevard olímpico a ceú aberto. Os bares e as calçadas ficaram lotados por causa da grande movimentação de pessoas, vindas de diversos pontos da cidade, do país, e de estrangeiros, para assistir à prova que começou por volta das 11h.

Inicialmente os atletas nadaram 1,5 km, depois 40 km de ciclismo e 10 km de corrida. Ao final, a comemoração foi da família britânica Brownlee, com os irmãos Alistair e Jonathan fazendo a dobradinha, ao ganharem as medalhas de ouro e prata. O sul-africano Henri Schoeman fechou o pódio em terceiro lugar, com bronze. Diogo Schebil, único brasileiro na prova, chegou na 41ª colocação.

Público prestigiou prova masculina de triatlo nas ruas de Copacabana. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Público prestigiou prova masculina de triatlo nas ruas de Copacabana.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Público faz festa à parte


Espalhados pela orla de Copacabana, ruas e avenidas do bairro e no Corte do Cantagalo, milhares de pessoas aplaudiram os atletas.

O menino gaúcho Arthur Braga Arnt, de apenas 8 anos, vibrou com a passagem dos atletas pela Rua Miguel Lemos, onde ocorreu parte da competição. “A gente veio de Porto Alegre e eu estou achando tudo muito legal. Cheguei no sábado e, além do triatlo, já assisti a um dos jogos de basquete da seleção brasileira, a maratona, o vôlei, o futebol feminino (Brasil e Suécia), e vi o Bolt vencer a prova dos 100 metros”. O pequeno Braga estava acompanhado de toda a família. Ao lado, a mãe Carla Braga, de 47 anos, disse que alugou um apartamento em Copacabana para a família ficar mais à vontade e acompanhar melhor o evento.

“Nós [toda a família] fazemos esporte, e este é um momento único, estarmos aqui presenciando os jogos. No início, fomos contra [a realização dos jogos no país] uma vez que o país passa por momentos de dificuldades. Mas agora que está acontecendo, a gente tem mais é que aproveitar e apoiar o evento”.

Para ela, o evento “está muito bem organizado, a locomoção funciona bem, e do ponto de vista da segurança, tudo ocorre muito bem até agora. E problema de segurança há em todo lugar, inclusive na nossa cidade – Porto Alegre”, disse, ao lado do marido Geraldo Braga, 49 anos, e do outro filho do casal, Pedro, 12 anos.

Privilégio mesmo desfrutava o porteiro paraibano José Lenivaldo Pereira, de 30 anos, há 11 anos no Rio. Porteiro de um dos edifícios da Miguel Lemos não teve que deixar o local de trabalho ou sequer trocar o uniforme.

“Nunca imaginei um momento deste. É realmente um privilégio que eu nunca imaginei ter. Posso assistir de camarote, e trabalhando. É uma coisa maravilhosa que somente o Rio pode permitir. A cidade está em festa, os bares cheios e este vai e vem de um mundo de gente de tudo quanto é lugar e país”.

Sobre a realização dos jogos na cidade, Pereira não deixa dúvidas: “ É bom para a cidade, que está maravilhosa. Isso aí desperta muita coisa boa, desperta o pessoal lá de fora, desperta a curiosidade e trás o bem para o Rio. Muita coisa boa”, disse.

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